Nesta obra monumental, Thomas Reid argumenta que nossas crenças mais básicas como a existência do mundo, da mente e da causalidade não são ilusões, mas fundamentos inevitáveis do pensamento. Contra a “teoria das ideias” herdada de Descartes, Locke e Hume, Reid sustenta que percebemos diretamente o mundo e que a dúvida radical não é sabedoria, mas cegueira.
Para Reid, a filosofia deve partir daquilo que qualquer pessoa razoável já sabe antes mesmo de filosofar. E é isso que torna sua obra tão poderosa.
Senso comum como fundamento: Reid afirma que certas crenças não precisam de prova — são evidentes por si e sustentam todo o edifício do conhecimento.
Crítica à teoria das ideias: Ataca o pressuposto cartesiano de que só percebemos representações internas. Para Reid, percebemos o mundo diretamente.
Percepção direta e realismo epistemológico: A mente não projeta o mundo: ela o apreende. A percepção é um contato com a realidade, não uma imagem mental.
Revolta contra o ceticismo moderno: Refuta com clareza e ironia os paradoxos de Hume e mostra como o ceticismo absoluto mina a própria filosofia.
Thomas Reid é considerado o pai do realismo escocês — corrente que influenciou profundamente filósofos como G.E. Moore, C.S. Peirce e William James.
Neste livro, ele constrói os alicerces para uma filosofia da mente sólida, lúcida e humana que não despreza a razão, mas a enraíza no chão da experiência comum.
A obra é dividida em capítulos que percorrem os sentidos, a percepção e a crítica às teorias idealistas.
Introdução geral:
A crítica ao ceticismo e o programa do senso comum.
Olfato, paladar, audição, tato e visão:
Análise precisa das sensações e das crenças que nascem com elas.
Percepção e crença:
Como a mente humana julga e acredita antes mesmo de raciocinar.
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